Brasileuros tem a ver com o jogo de palavras Brasil e Europa, para dar a idéia de brasileiros na Europa. Não foi pensado como grupo que simplesmente viaja ou pretende viajar, mas como um grupo que viaja na Europa em julho de 2012. A partir dessa concepção criamos a bandeira com a data, com as cores verde-amarelo-azul e com as estrelas da comunidade Européia.

Postagem em destaque

ROTEIRO DA VIAGEM

No dia 14 de julho de 2012, eu, o Bruxinho e mais dois casais de amigos: Bete e Cantelli; Fernanda e Marcelo sairemos de Munique para um ro...

terça-feira, 17 de julho de 2012

Fugindo da chuva, destino: Salzburgo


Fortaleza de Hohensalzgurg
Como já mencionado antes, pegamos chuva numa parte do trajeto programado. Por isso, o organizador da viagem, Edison Pratini (Bruxinho), resolveu dar uma olhadinha de como estaria previsão do tempo no trajeto programado  e constatou que estaria chovendo por uns dois dias. Então, fizemos um desvio para Salzburgo, Austria. O seu centro histórico é patrimônio mundial da UNESCO e tem vários locais importantes para visitar como a casa onde Mozart nasceu e onde morou, a Fortaleza de Hohensalzgurg e suas histórias sobre o domínio dos Arcebispos na região, a catedral de Salzdburgo,  as igrejas de São Pedro e São Francisco, etc. 

Eu e o Bruxinho dentro da Fortaleza

Fortaleza de Hohensalzgurg


Chegamos nesta cidade no início da noite do dia 14 de julho e ficamos hospedados no YMCA que fica bem perto do centro histórico.  Ficamos impressionados com as acomodações, serviços e instalações. Recomendamos. Depois de instalados, saimos para jantar e voltamos para o hotel.

No dia seguinte pela manhã, acordei bem cedo para correr pelas margens do rio Salzach e foi o máximo! Vejam o filme. Voltei para o hotel para um bom café da manhã com restante do grupo. 



Depois, cada casal resolveu fazer o seu próprio programa pela cidade. Eu e o Bruxinho, passamos o dia visitando as igrejas e a Fortaleza. Infelizmente não deu tempo de visitar a residência e o lugar de nascimento de Mozart. Fiquei tão impressionada com a Fortaleza que acabamos esgotando o tempo por lá.

Bruxinho aproveitou para comprar duas entradas para assistirmos um concerto num dos recintos dessa fortaleza e aconteceu um fato muito engraçado. Digo isso agora, depois do sufoco, mas na hora não foi nada engraçado! Risos.  Como a hora do concerto era somente as 20:30 e tínhamos acabado de ver tudo que queríamos na fortaleza as 18:30, resolvermos voltar para o centro histórico para comer algo e depois voltarmos.  Como tínhamos tempo de sobra, ficamos no restaurante descansando e bem calmos sem preocupação com a hora. Acabou que ficamos despreocupados o bastante para depois sairmos correndo e assustados por conta de termos saído tarde do restaurante. Além disso, não contávamos que iriam fechar o portão que dava acesso a um caminho mais curto para chegar a Fortaleza.  Tivemos que dar uma volta bem maior do que pensávamos e corremos muito, muito mesmo, pois não restava muito tempo para o concerto começar. Avistamos uma bicicleta-taxi no meio do caminho e o ciclista nos ofereceu seus serviços por EU 4,00 para nos deixar na entrada do trem que dava acesso ao bonde que vai até a fortaleza. Graças a essa bicicleta conseguimos reduzir o tempo. Só que chegando no bondinho, o condutor nos informa que ele sairia somente em 10 minutos. Bruxinho se desesperou e, com objetivo de sensibilizar o rapaz, disse para ele que tínhamos pago EU 42,00/cada um para assistirmos o concerto. Mas não parecia que esse argumento tinha surtido efeito até que chegou um grupo que também queria subir. Ufa! Ficamos aliviados. Acontece que, chegando lá em cima, tínhamos que subir várias escadas até chegar ao local desejado e tínhamos somente 03 minutos. Olha,  o Bruxinho me surpreendeu com a sua condição física! Demos conta do recado, graças ao ciclista, ao grupo que chegou no trem e a nossa boa forma!

A bicicleta taxi



domingo, 15 de julho de 2012

It's summer!!!!


Dia 14 de julho, conforme o planejamento, chegou o dia de pegar a moto para sairmos estrada a fora e também de devolver as chaves do apartamento para a landlord. Foi um dia cansativo, pois eu e o Edison ficamos arrumando a mudança até as 02:00 hs da manhã e acordamos as 06:00 hs para finalizarmos e para o café da manhã. Não só por isso, o dia anterior foi estressante, pois houve um desencontro entre os membros do grupo no trajeto entre buscar as motos e voltar para casa.  Marcelo e Cantelli ficaram para atrás e não estavam com celular e, muito menos estavam com o endereço do nosso apartamento. Resolvemos voltar para o último ponto de encontro que foi a loja da Harley onde o Cantelli pegou a moto dele. Lá encontramos os dois.

Edison vem organizando esta viagem dos Brasileuros desde maio passado e uns dos grandes achados dele foi um lugar de depósito em Munique para que pudéssemos deixar as nossas malas e cuias para ficarem guardadas enquanto estivermos na aventura de moto nas estradas europeias. Assim,  as 08:30 entregamos as chaves e fomos deixar as malas de todo o grupo neste depósito (veja blog de dicas).

Depois foi o tempo de entregar as chaves do carro alugado e de outros ‘f’inalmentes’.  As 13:00 hs encontramos com um professor da Universidade de Munique, colega do Edison, que nos acompanhará numa parte da nossa aventura. O nome dele é Herman e da sua esposa é Angelika. Felizmente! Pois é um sossego ter um casal alemão conosco. Assim, teremos tranquilidade no momento em que pararmos em alguma cidade pequena na qual os donos das hospedagens não falam e nem entendem inglês. Isso aconteceu comigo e com o Edison na nossa viagem de abril do ano passado quando alugamos um carro para viajar nas estradas dos Alpes desde Munique até Chamonix. 
Grupo: Os Brasileuros (Eu, Edison, Beth, Fernanda e Cantelli)

Fernanda e Marcelo (chegaram no dia 13 de Julho)


Paramos numa loja de moto para comprinhas básicas e depois fomos almoçar no bairro onde Herman e Angelika moram. As 15:30 hs o grupo estava reunido e pronto para sua partida.

O grupo
Hermann e Angelika

Angelika
Bruxinho (Edison Pratini)



O primeiro trajeto é lindo, vejam detalhes no itinerário postado anteriormente, não paramos muito para tirar fotos pois os pilotos: Edison, Angelika, Cantelli e Marcelo estavam sedentos para uma boa esticada nas suas respectivas motos. A última parada do dia foi numa cidade na Áustria chamada Maria Alm. Vale uma pequena explicação com relação a palavra Alm que significa fazendas nos Alpes. Esta cidade recebe este nome, porque ser esta região tradicional por sua agricultura e pecuária.

Pegamos um pouco de chuva no trajeto de busca de uma hospedagem. Então, quando chegamos no hotel estávamos com muito, mas muito frio e esperávamos, por ser uma cidade no meio dos alpes austríacos, encontrar aquecimento no quarto. Mas, para nossa desagradável surpresa, a recepcionista nos informou com aquela cara de susto e olhando para gente como se fôssemos ETs de que é verão e está quente. - IT'S SUMMER!!!! E de que não era época de calefação. Bem, se o verão deles é um frio de, mais ou menos, 8°C imaginem o inverno aqui como é que deve ser!

Hotel que ficamos em Maria Alm - Austria


Por fim, depois de um bom banho quente para aquecer o corpo, o grupo se reuniu para jantar e para celebrar o primeiro trecho realizado.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A comida checa é a base de carne de porco e de gado, acompanhada por batatas fritas ou cozidas. As salsichas também são bastante conuns em quioques distribuídos pela cidade que é acompanhado por pão.
Tem um doce muito comum pelas ruas por aqui que parece uma massa enrolada num cilindro de metal que vai ao fogo. Depois de cozida, colocam uma camada de açucar e canela e, as vezes, colocam chocolate no meio. O nome deste doce é Ceske Trdlo - tente pronunciar se é capaz! Risos, risadas e mais gargalhadas.

Os costumes alimentares da população checa não diferem muito das outras nações europeias.

Edison, Cantelli e Beth: quiosque na praça São Venceslau

Eu, Edison, Beth e Cantelli na praça do Castelo de Praga

No primeiro dia que chegamos, ou seja, quase na madrugada do dia 10 de Julho, comemos salsichas num quiosque em frente ao nosso hotel que fica na praça São Venceslau. Depois provamos joelho e costela de porco, patinhas de caranguejo a milaneza, sopas de batatas com cogumelos, de tomate, de goulash e outras comidinhas mais comuns.

Praga, cidade histórica com juventude e dinanismo.


É impressionante a energia, juventude e dinamismo que Praga tem. É a maior cidade da iRepública Checa, situada na margem do rio Vitava. Um contraste com sua história,  patrimônio arquitetônico e inúmeros museus e com seu espírito jovem. 
Praga em Checo é Praha. Como uma boa linguista, tenho que explicar um pouco sobre esse idioma, Checo. É uma língua falada principalmente na República Tcheca (Checa) e que forma parte, junto com o polonês (polaco), o eslovaco e o sórbio, do subgrupo ocidental das línguas eslavas. As línguas tcheca e eslovaca são mutuamente inteligíveis. Bem, voltando para Praga, é conhecida como "cidade das cem cúpulas e tem belíssimos e antigos centros urbanos da Europa, famosa pelo extenso patrimônio arquitetônico e rica vida cultural.  Vejam algumas fotos da cidade.
Falando em rica vida cultural, esta cidade é famosa por ser um dos grandes centros culturais europeus, ligado a nomes como os compositores Antonín Dvořák e Bedřich Smetana e escritores  como Franz Kafka,. Ontem, dia 11 de Julho, fomos para assistir uma peça de teatro de  fantoches (marionetes) com a ópera Don Giovani. Amanhã iremos ao teatro negro. 







Praga: cristais, música e teatro.


Começamos o dia sendo acordados as 9h00 pelo Bro Edison pois Beth e eu dormimos um pouco mais. Nos aprontamos e fomos tomar café. Depois demos início em nosso passeio retornando a ponte Carlos não sem antes comprarmos entradas para a opera de marionetes. O Edison e Marina registraram todo o nosso trajeto com belas fotos, pedidos ao pé da estátua de São João Nepomuceno inclusive dançamos, Beth e eu ao som de um jazz tocado por um quarteto de americanos ávidos por moedas e fizemos uma visita a várias lojas de cristais por sinal o Bro Edisom não pode ver uma loja sem antes entrar para uma breve visita de meia hora em cada uma delas, sem contudo comprar nada, isto durou longas paradas até chegarmos a Catedral de São Vito que fica no Castelo de Praga, sede do governo do país.
Gostaria de registrar que apesar de ontem no final do dia ter tomado um litro de cerveja não fui acometido de muita vontade de ir ao banheiro como acontece com cerveja brasileira, nem hoje que ao lanche da tarde voltei a tomar meio litro de cerveja sem contudo sair correndo para um pipi, interessante este episódio.
Na volta da catedral de São Vito o Bro Edison e Marina fizeram uma visita a um museu de brinquedos por longas horas e na volta tiraram trocentas fotos da ponte Carlos, caminhando pela orla do rio.
Agora, 6h30 estamos no quarto descansando um pouco para irmos ao teatro de marionetes ver a opera de Mozart, Don Giovanni.
Outro registro importante é a performance física da maratonista Marina e da malhadora Beth que não agüentaram o rojão e pediram arrego com dores generalizadas, daí o descanso acima citado.
O Bro Edison não pode ver uma loja de doces ou sorvetes que lá se vai mais um tiramissu.


Brasileuros: Beth e Cantelli


Brasileuros:Beth e  Cantelli
(Roberto Cantelli.  11/07/2012)

terça-feira, 10 de julho de 2012

Eu chegando no aeroporto

Finalmente! Vi meu Bruxinho lindo!

Depois de 09 horas de vôo, encontro, finalmente, o meu Bruxinho que foi nos buscar no aeroporto (eu, Bete e Cantelli). Ele alugou pela internet um Peugeot 307 para nos buscar no aeroporto, mas teve uma agradável surpresa que foi um upgrade oferecido pela empresa de locação e acabou saindo com uma BMW (para alegria do Cantelli!).
Após a calorosa recepção, saimos correndo (a 210 km/h; né Cantlli?!?!) para o apê do Bruxinho para deixarmos as malas e para nos prepararmos para a viagem de trem.  Chegando lá, fizemos um lanchinho básico, preparamos as coisas e partimos novamente para uma outra viagem de Munique para Praga que durou 06 horas! Bem, no início até que foi bom, pois escolhemos uma cabine SUPER confortável da companhia de trem DB Bahn e nos acomodamos todos felizes com celebração a base de caviar e champagne. Só que, como tudo que é bom dura pouco, quando a atendente de bordo nos pediu as passagens para a conferência de hábito em viagens de trem, nos avisa que aquela cabine é para 1a classe e que tampouco aquele vagão iria para Praga. Pediu para nos acomodarmos nos três primeiros vagões do trem. Até que o Bruxinho (Edison) tentou negociar um upgrade para ficarmos ali pelo menos até a última parada deste vagão, mas não deu. Fomos para os vagões indicados, mas no vagão que paramos não tinha ar condicionado e estava bem abafado. Resolvemos procurar uma cabine mais fresquinha e achamos uma, não tão boa como a da primeira vez, mas acabamos chegando bem em Praga às 23:10 hs.
A aventura começou, pois não tínhamos um tostão da moeda local que é Coroa Checoslovaca e o Bruxinho tinha comentado que em Budapeste não aceitaram Euros e que, provavelmente, o mesmo poderia ocorrer em Praga. Então, como pegar um taxi, ligar para o hotel pelo telefone público ou fazer qualquer outra coisa sem dinheiro? Tentamos trocar alguma coisa na estação, mas em vão.. Eu comecei a gritar e pular dizendo: Obaaaa, estamos em Pragaaaa! Excitada pela primeira aventura em terras estrangeiras. Bruxinho, Cantelli e Bete me olharam e não entenderam bem essa alegria num momento um pouco preocupante. Mas...lá estava eu dizendo a mesma coisa toda feliz! A estação de trem em Praga tem o seu charme histórico. Mal conservada, mas tem o seu registro histórico. 
Bem, decidimos ir a parada de taxi para saber se receberiam Euros a fim de nos levar para o nosso hotel. Imaginem, como eu, Cantelli e Bete estávamos cansados!!! Pois, foram duas viagens seguidas, literalmente: a de avião e a de trem. Felizmente o taxista aceitou e acabamos chegando no hotel.
O hotel que o Bruxinho fez a reserva fica bem na praça San Venceslau. É simplesmente a praça principal de Praga e exclusiva para pedestres. O máximo. Amanhã postarei fatos e fotos sobre o hotel e suas redondezas.
Quanto as recomendações, endereços e preços, abrirei uma outra caixa neste blog com as dicas.
(10/09/2012. Marina Ribeiro)
Alegria e agradecimentos a Deus chegamos em Munique! Felicidades em ver o Edison, amigo querido que organizou nossa viagem. Felicidades em ver um dos sonhos do Roberto ao dirigir a BMW a duzentos por hora... muita paz de espirito ao estar em sintonia com o altissimo me sentido privilegiada de poder ver paisagens tao lindas em companhias de meu amor e de amigos queridos.
(09/07/2012. Bete Cantelli)

A REALIZAÇÃO (Roberto Cantelli)

Há momentos em que poderia se decidir uma aventura sem contudo ter a efetiva vontade ou possibilidade de realizar mesmo sendo um sonho em princípio passível de efetivação.
Essa não foi o que aconteceu conosco quando decidimos uma viagem de moto pelos alpes eupopeus. Tudo começou na reunião em casa do Bro Edison Pratini com em princípio quatro casais, mas no final ficamos apenas três, sendo eles Marina e Edison, Marcelo e Fernanda e Beth e cantelli.
A REALIZAÇÃO
No dia oito de julho de 2012 saímos de Brasília Marina Beth e Cantelli com destino a Lisboa onde chegamos pela manhã, entramos numa fila homérica com direito inclusive a pessoas furando filha, pronuncias diferentes mas tudo com muita alegria e entusiasmo. Embarcamos em outro vôo para Munique onde nos aguardava ansioso o Bro Pratini com uma máquina locada e que presenteou o Bro Cantelli com uma cancha na direção da BMW até a sua residencia provisória inclusive com a oportunidade de desenvolver em trecho próprio 210 Km. Após um reconfortante e lauto lanche made in Pratini, devolvemos o carro locado e nos deslocamos até a estação de trem onde embarcamos com destino a Praga. No trem tivemos uma surpresa ao escolher uma das cabine livres onde tomamos posse e em seguida brindamos com champagne e caviar, porém com um ligeiro lembrete que estávamos em vagão de primeira classe que não nos pertencia.
Várias fotos foram tiradas, pequenos filmes produzidos e que estarão a disposição em nosso blog.
Por fim, chegamos a Praga o quarto país por que passamos em apenas dois dias.





Roberto Cantelli (09/07/2012)

sábado, 7 de julho de 2012

Mittenwald - um passeio extra que o grupo, provavelmente, vai fazer







As fotos acima foram tiradas por um dos componentes do grupo de motociclitas, Brasileuros,  Edison Pratini, que se encontra em Munique desde março passado e aproveitou este período para fazer uns passeios a fim de encontrar algum trecho diferente do que traçamos inicialmente. Pois bem, ele encontrou o Mittenwald que é  um município da Alemanha, localizado no estado da Baviera. Se o restante do grupo topar,  é um lugar que iremos. Vejam o relato dele sobre esse lugar:



Mittenwald: a surprise from Hochschule.

Às 6h30 acordo com uma sensação de que hoje será um dia cansativo mas, para socializar com os outros fellows, vou participar de uma excursão oferecida pela Universidade para uma cidade ou village chamada Mittenwald ao pé do pico Karwendelklettersteig. Não li a programação e, portanto, não sei porque devemos voltar somente às 22h30. Sou o primeiro do grupo a chegar na Hauptbahnhof, estação central de trens em Munique e vejo que nosso trem já está bem cheio pela popularidade do destino final, Innsbruck. Madhu, minha colega indiana chega a seguir e se encarrega de reservar assento para os outros enquanto espero por eles na plataforma.
Todos acomodados, com duas horas de viagem e muitas paradas, Mittenwald aparece para mim - já acostumado com esta região - como mais uma estação no início dos Alpes germânicos. Somos recepcionados pela guia Silvia que passa a contar  histórias sobre as fachadas decoradas de forma peculiar e sobre a indústria de violinos que faz parte da fama da cidade. A cada passo neste passeio o entorno de montanhas se mostra mais espetacular, enquanto que o pico para onde devemos subir de cable-car fica mais e mais nublado. 
Sem querer perturbar o passeio com minha preocupação, continuo sem entender a demora em subir e a tranquilidade da nossa "chefe" Heidi com relação às nuvens na montanha. Lá pelo meio da tarde começamos a caminhada que leva à estação do cable-car.
Embora o Karwendelklettersteig não esteja entre as montanhas mais famosas ou mais altas da Alemanha, a subida no cable-car dá uma amostra do que poderá ser o espetáculo por aqui se as nuvens do topo se dissiparem, o que fico a duvidar. Já na montanha, Heidi tenta animar o grupo puxando uma caminhada trilha acima para algum lugar que não se consegue enxergar. As descrições são promissoras: para este lado, se estivesse céu claro, veríamos uma cadeia de montanhas nevadas que se estende até a Itália. Olho para onde Heidi aponta e não vejo nada além de dois ou três metros adiante. O grupo vai aumentando e compactando com a chegada de mais alemães que também vem para ver o nada. Andamos mais um pouco pela trilha que vai-se estreitando até que alguém da segurança aconselha a volta ao restaurante da estação do cable-car pois estamos em uma trilha sobre um estreito espigão que se torna mais perigosa por causa da cerração.
Dou meia volta pensando que confirmei ser este um "programa de índio". Estamos a mais de 2.000m de altitude e, no restaurante, Heidi ainda tenta ser positiva uma vez que viemos para ficar até a noite. É então que descubro a razão da excursão: hoje é 24 de junho, o meio do verão e na Bavária celebra-se esta data acendendo fogueiras nos picos e encostas das montanhas para que todos possam ver a partir das cidades abaixo. 
A estas alturas o buffet de jantar incluído no pacote que a Hochschule está oferecendo já está sendo servido. Estou de olho nos bifes que cheiram a churrasco na grelha do lado de fora do restaurante. Finalmente, depois de três meses de jejum, comerei uma carne de vaca!!! De olho grande, pego dois bifes de uma vez. O gosto é delicioso, mas a carne dura e passada me faz deixar o segundo pedaço. Acabo comendo as tradicionais salsichas e lingüiças que nem em aspecto nem em gosto estão lá essas coisas. 
Olho pela janela panorâmica do restaurante e vejo que, inesperadamente as nuvens começam a rarear e sol ainda bastante alto vem dourar a neve aos pés do restaurante e nos picos logo ali adiante. Todos se animam e Heidi sai puxando nova incursão à trilha que abandonamos antes. Como o tempo ainda não está firme, não acredito e decido ficar por ali mesmo, sem dar descanso à minha Nikon. Mais algum tempo, e vejo as silhuetas de Heidi e Paul emergindo da neblina que vai e volta. De qualquer forma vamos ficar por ali até a noite pois nossa passagem de volta está marcada somente para as 22h30.
Mais 30 minutos da dança das nuvens e elas acabam cedendo para deixar toda a paisagem ao nosso dispor. E que disposição! O restaurante está como que em balanço sobre a borda norte do que pode ser a cratera de um antigo vulcão. É o local onde chega o cable-car que vem de Mittenwald. O interior da ampla cratera está passos da saída do restaurante e oferece uma alta camada de neve do último inverno ao alcance da mão. A trilha que começo novamente a percorrer segue a crista ao longo da borda sul da cratera. À medida que subo pela trilha vejo a paisagem majestosa que Heidi tentou descrever: de um lado - para o norte - está a paisagem alemã com a vista de lagos e vilarejos quase até Munique. Para o sul, a majestade e a miríade de picos dos Alpes austríacos e dos Dolomiti italianos. Exatamente na metade deste verão atípico, ainda resta muita neve manchando de branco os picos e o verde das encostas.
Vou subindo e, como antes, a trilha vai-se estreitando à medida que avança pela borda afiada da cratera. Estou percorrendo exatamente a fina linha que marca a fronteira sul da Alemanha com a Austria. Continuo subindo e meio que me equilibrando pela trilha até que, quase atingindo um dos picos, o avanço é impedido pela neve que se esparrama para os dois lados do espigão. Aqui um passo errado pode ser fatal. Olho em volta. Os Alpes e estas encostas, picos e trilhas nevadas são o sonho dos montanhistas e um dos meus sonhos de adolescência. A paisagem espetacular coberta de picos com neve que vão se sobrepondo em tons cinza-azulado até onde minha vista alcança me faz pensar que melhor do que isto só um vôo rasante de helicóptero como nos filmes James Bond. Com o acender de luzes ao longe vejo que me demorei nos meus devaneios. Volto pela trilha tentando entoar uma canção tiroleza que não sei, e tudo que consigo é um desafinado "aloleríí". A fogueira na borda da nossa cratera já está acesa e vejo diversas outras nas encostas e picos próximos. A mais espantosa, pela dificuldade de levar lenha para o local, fica no topo do pico mais alto e mais escarpado desta região, como se fosse a ponta de um Dedo-de-Deus em chamas. 
No terraço do restaurante Heidi propõe um brinde com licores locais e eu, a indiana Mahdu, o inglês Paul, o grego Costas e sua família brindamos o dia e o fato de estar aqui. O ritual está completo, as preces feitas e o mid-summer celebrado. Descemos a montanha a bordo do cable-car desfrutando do espetáculo de um céu estrelado guarnecido pelas montanhas agora escuras, mas pontilhadas de fogueiras por todos os lados. Agradecido por tanta beleza posso dormir com a certeza de que foi um dia cansativo mas que, finalmente, valeu a pena.
Munique, 25 de julho de 2012.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Estradas que nos esperam....

Um dos componentes do grupo, Edison, está em Munique desde março passado e aproveita os fins de semana para explorar algumas estradas das quais, provavelmente, o grupo todo percorrerá. Vejam algumas fotos enviadas por ele para nos atiçar a lombriga e para nos deixar ainda mais angustiados para chegar logo o dia da nossa partida.




segunda-feira, 2 de julho de 2012

ROTEIRO DA VIAGEM



No dia 14 de julho de 2012, eu, o Bruxinho e mais dois casais de amigos: Bete e Cantelli; Fernanda e Marcelo sairemos de Munique para um roteiro de moto pela Estrada Romântica, Floresta Negra, Alpes Suíços, Austríacos, Alemães, Franceses e Italianos.

Neste blog postaremos fotos, relatos e informações sobre as experiências, trajetos, restaurantes, hotéis, compras, entre outros.

ROTEIRO

DIA

PERCURSO

DISTÂNCIA

OBSERVAÇÕES
PRIMEIRA PARTE – TREM – 9 a 13 de julho
09/jul
Munchen - Prague
383 Km
Alugar carro na Sixt Stachus. Pegar Marina, Bete e Cantelli no aeroporto às 13h20. Passar em casa para um banho rápido e sair para a Huptbahnhof - devolver o carro. Saída para Praga às 17h02 e chegada às 22h51 -> Hotel Prague Inn
10/jul
Prague


11/jul
Prague


12/jul
Prague


13/jul
Prague - Munchen
383 Km
Chegada às 12h15. Pegar carro alugado na Sixt Stachus - saída da estação central (Hauptbahnhof)-, deixar Marina e Bete em casa, pegar Marcelo e Fer no aeroporto, ir a Freising buscar minha moto, MotoGreeck (moto do Marcelo) e House of Flames (moto do Roberto). Voltar para casa. Levar Marcelo para um hotel perto. Terminar de separar o que vai na moto e empacotar o resto para devolver o ap. amanhã.
SEGUNDA PARTE – MOTO – 14 a 27 de julho
1
14/jul
Munchen – Zell am See –Schuttdorf - Zeller Fusch/B107
194 km
Devolver o apartamento. Deixar as malas com a landlord e sair para Fush (Alpes) na hora que der.
2
15/jul
Fusch – GrossGlockner - Schachnern– Lienz
48 km + 54,9

3
16/jul
Lienz-Innsbruck-Fussen
281

4
17/jul
Füssen/Schwangau Augsburg - Nördlingen
180
Início da Estrada Romântica. Daqui até a Floresta Negra tem bastante folga para parar ou adiantar a viagem. Ajustamos à vontade.
5
18/jul
Nördlingen - Dinkelsbühl
 - Rothenburg ob der Tauber
90,8

6
19/jul
Rothenburg  ob der Tauber - Würzburg
61,5

7
20/jul
Würzburg - Titisee-Neustadt
294 Km
Trajeto da Floresta Negra
8
21/jul
Titisee-Neustadt ->> Chamonix
332 Km
Saída para Chamonix. Paramos    se   e   quando estivermos cansados para seguir no dia seguinte para Chamonix (volta para os Alpes)
9
22/jul
Chamonix

Aqui temos dois dias para bunderar ou ajustar os tempos.
10
23/jul
Chamonix


11
24/jul
Chamonix – Martigny –Sion- Bellinzona
252 Km

12
25/jul
Bellinzona - St. Moritz zzzz – Pontresina-Ova da Bernina-Teola- SantAnna-Semogo-Valdidentro-Rasin/ Bormio
229 km

13
26/jul
Bormio / Molina / Bagni Di Bormio zzzz / Passo Dello Stelvio-Passo Stelvio zzzz / Localitá Trafoi / San Leonardo in Passiriazzz /Vipiteno (Sterzing)
155 km

14
27/jul
Vipiteno (Sterzing) /Brenero (Brenner) / Innsbruck / Munchen
221
ou 171 de Innsbruck
Ir direto para Hospedar perto ou no aeroporto. Pegar um carro na Sixt do aeroporto, devolver as motos, pegar as malas na landlord. Devolver o carro. No hotel, empacotar o que sobrou.
Último dia antes da viagem de volta ao Brasil (dia 28, às 6 horas da manhã).

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